O termo Smart Grid foi usado pela primeira vez em 2005 em um artigo de autoria de S. Massoud Amin e Bruce F. Wollenberg, publicado na revista IEEE P&E.
O conceito tem várias definições entre elas “redes inteligentes”, todas as demais se relacionam ao uso de elementos digitais e de comunicações nas redes que transportam a energia, permitindo o uso do insumo de forma eficiente e proporcionando ao consumidor melhor controle e entendimento do seu consumo.
A rede recebe sensores e controles automatizados, os quais podem antecipar, identificar e solucionar problemas no sistema. O que evita e mitiga a falta de energia e os problemas na qualidade do serviço.
As tecnologias envolvidas em smart grid se dividem em medição eletrônica, comunicação, sensoriamento e computação.
A medição do consumo pode ser acompanhada em tempo real e com comunicação bidirecional, ou seja, os consumidores terão reconhecimento de seus esforços de economia de energia.
As informações em tempo real permitirão que quando alguma área for afetada possa ser isolada. Dessa forma, é possível redirecionar o fluxo de energia para atender o maior número de consumidores e prevenir a interrupção de fornecimento.
Medição Eletrônica
Envolve toda a medição, desde a geração até a chegada da energia ao consumidor final. Essa tecnologia controla as perdas, proporciona o planejamento e a operação da rede.
A substituição de medidores eletromecânicos por outros eletrônicos, aloca uma grande massa de dados nos centros de controle das empresas, viabilizando melhor planejamento e controle de toda a rede.
Esses medidores proporcionam vários serviços aos consumidores, além de a utilização de cargas ser controladas remotamente, pelo usuário e pela concessionária.
O medidor permite que o consumidor gerencie o seu uso de energia, propicia que os dados de consumo real sejam monitorados. O consumidor terá ciência de qual equipamento consome mais energia, valor a ser pago até o momento da consulta, projeção da fatura no fim do ciclo etc.
Comunicação
Os medidores inteligentes têm a capacidade de se comunicarem com outros equipamentos instalados na rede e dentro das unidades consumidoras. Essa inovação causará uma verdadeira revolução na prestação de serviços de energia.
Para que o conceito de redes inteligentes seja totalmente viabilizado, a comunicação deverá ser feita da concessionária para o cliente e vice-versa.
Sensoriamento
Para tornar a rede totalmente inteligente, a instalação de sensores ao longo de todo o sistema de distribuição de energia é necessária.
Os sensores enviam as informações para a central de controle da concessionária e proveem dados para a tomada de decisão dos operadores da rede.
Computação
A rede passará a receber muitas informações de vários equipamentos, por isso, é necessário que os centros de controle das distribuidoras sejam capazes de transformá-los em informações úteis para os operadores. Filtro para regular essas informações é totalmente necessário.
Andamento das smart grids em outros países
Em países como a Itália, Estados Unidos, Japão etc, a implementação de redes inteligentes avança.
Com a modernização de suas infraestruturas de rede, os Estados Unidos lançaram um pacote de estímulos que aportará aproximadamente US$ 4 bilhões para financiar projetos de redes inteligentes. Assim, alguns estados como o Texas, começaram a trocar seus medidores e estão instalando grandes redes de telecomunicações para transportar dados, além de estimularem a participação do consumidor com a criação de um portal na internet.