O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) informou que as instituições setoriais e o setor elétrico brasileiro estão preparados para a entrada do preço horário em 1º de janeiro de 2021.
Há duas décadas o setor elétrico brasileiro debate o tema e expõe a necessidade de precificar a energia elétrica pela metodologia. Desde 2017, a Comissão Permanente para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico (CPAMP) expõe que é possível operacionalizar o preço horário.
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) expôs o caderno do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2030, vislumbrando a continuidade de expansão da micro e minigeração distribuída, com estimativa de capacidade instalada que variará entre 17 a 25 GW em 2030.
O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que está articulando com os agentes do setor para garantir a devida previsibilidade e transparência na implantação do preço horário, que segundo o órgão é ação relevante da Modernização do Setor Elétrico brasileiro.
Para o MME a introdução do modelo de Despacho Hidrotérmico de Curtíssimo Prazo (DESSEM) tem o objetivo de tornar o preço mais próximo à necessidade operativa, o que resulta em um sinal mais próximo da valoração da geração e do consumo, provendo uma política operativa mais adequada ao nível semi-horário.
Segundo o Comitê, as condições de suprimento de energia elétrica seguem boas, visto que os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas concluíram o mês de setembro de 2020 com valores próximos aos do ano anterior. À exceção do Nordeste, pois os volumes armazenados são os melhores dos últimos anos. Já a falta de chuva e as temperaturas altas no Sudeste e Centro-Oeste, bem como a volta gradual das atividades econômicas são contribuintes para a ampliação da carga no País.