Segundo o presidente da Brasil Energias, Eli Elias, neste próximo semestre de 2020 não devemos ter as mesmas oscilações no PLD, como ocorreram no primeiro semestre deste ano, as quais foram consequência da redução no consumo da energia provocado pela pandemia, bem como pelas boas chuvas nos meses de janeiro e fevereiro.
“Com a melhora na qualidade e volume das chuvas em janeiro e fevereiro, a queda dos preços não demorou a chegar e em fevereiro já foi possível constatar redução do PLD. Em abril chegamos ao menor valor observado no período, onde o Custo Marginal de Operação (CMO), ou seja, o valor que os modelos de preços calcularam para o preço da energia foi igual a zero, ou seja, tínhamos uma sobra de energia hidroelétrica disponível, algo inimaginável a alguns anos atrás,” afirmou o CEO.
Eli não acredita numa retomada imediata da atividade econômica no país no curto prazo. Para esse mês de agosto ele prevê uma estabilidade do PLD, se comparado com os preços de julho, por 2 motivos: sobra estrutural de energia pela atividade econômica baixa e uma maior disponibilidade de energia de fontes mais baratas como: eólica no Nordeste e hidráulicas no Norte e Sudeste, mesmo que tenhamos um cenário de chuvas abaixo da média nas bacias do sul.
Para o segundo semestre Eli segue otimista quanto à estabilidade do mercado. “Não há sinais para grandes oscilações. Se olharmos para um horizonte de médio prazo, devido às atuais previsões do clima para o próximo período úmido, acreditamos que o PLD de 2021 deve seguir com tendência de preços sem grandes oscilações, podendo ter alguns picos em meses isolados já no final do período seco de 2021, ou seja, entre setembro e outubro, mas é claro que são previsões que serão revisadas constantemente, pois dependem do clima, e ele muda com frequência.”, comenta o especialista.